sábado, junho 23, 2018

POLÍTICA: Gleisi Hoffmann acena, mas não dá garantias

Presidente do PT deu recado: Marília pode se movimentar pela pré-candidatura, mas palavra final será da executiva nacional do PT

BLOG DA FOLHA
Presidente nacional do PT Senadora Gleisi HoffmannFoto: Paulo Pinto/AGPT

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, reiterou, nesta quinta-feira (21), que a prioridade do partido é a aliança nacional com siglas de centro-esquerda e destacou que as movimentações da vereadora Marília Arraes (PT) não garantem a ela a candidatura ao Governo de Pernambuco pelo PT. Com discurso protocolar, a dirigente petista agradou tanto aos que defendem candidatura própria quanto aos que apoiam a aliança com o governador Paulo Câmara (PSB).

Gleisi acenou para que a correligionária pernambucana continuasse se movimentando, mas sem garantias. “Marília está fazendo movimentos dentro da construção da pré-candidata, mas que se o PT não assumir não será efetivo, não vão ajudar a construir a pré-candidatura. Fazer conversações todo mundo faz, mas isso passa por uma decisão partidária do diretório estadual, principalmente, do nacional”, declarou ela à uma rádio local. 

A dirigente petista reafirmou que a prioridade do PT é a eleição do ex-presidente Lula, preso, e a determinação continua sendo pela aliança com PCdoB e PSB, de Paulo Câmara. “E isso vai ter, obviamente, consequência em todos os estados. Então, essas movimentações que se fazem agora, em pré-campanha, são todas preliminares e não dão ao partido nenhuma determinação de agir neste sentido”, avisou. Gleisi fez questão de pontuar, também, que a prioridade do partido para o Senado é Humberto Costa (PT), não o deputado federal Silvio Costa (Avante).

Nos bastidores, a leitura é que as movimentações de Marília são importantes para pressionar o PSB em relação à aliança, como um instrumento de barganha que não estaria totalmente descartada do jogo. A vereadora, todavia, trabalha com o senso de oportunidade. 

Do lado aliancista, o ex-prefeito João da Costa (PT) ponderou que Gleisi “colocou ordem na casa” ao lembrar que a prioridade é pela construção de aliança. “Não pode ter decisão nacional desta (na resolução da Executiva nacional) e ela ser inviabilizada por causa de um estado”, afirmou. Já a deputada estadual Teresa Leitão (PT), pró-Marília, também classificou como positiva as declarações à tese de candidatura própria. Afinal, Gleisi deu uma sinalização em prol da movimentação, mas sem a certeza êxito. “Os pré-candidatos devem se mexer para dentro e para fora (do partido). Com este prazo, não dará tempo de se movimentar depois”, pontuou.

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